Feio e Belo

19 de jan. de 2014
FEIO E BELO
Autor: Marcos Maluly
Ilustração: Autor desconhecido

A árvore em flor é despida no fim da primavera.
A beleza transforma-se em feiura, é o tempo.
A velhice é certeza, a juventude um alento.
Nada fica pra sempre igual, nada fica como era.

A aparência se esvazia, simultaneamente.
Ser bela, um breve momento, uma passagem.
Beleza, vaidade, escultura perfeita, uma bobagem.
Não existe nada, tudo isso é nada, é inexistente.

O tempo deixa sua marca, naquele que resiste,
e a beleza, vaidade, cria poeira ao passar dos dias.
E o que não esvazia, está dentro, interno, na alma.

A Beleza é fundamental, afirmava o poeta.
Beleza tem que ser completa, sem defeitos.
Se não tem! O tempo vem! Nada permanece..