Autor: Marcos Maluly
Ilustração: Cayetano Buigas
Sinto-me sem sentido, abrasado;
No religioso fogo, que me queima,
O mal, que me consome, me alenta,
O bem que me entretém, me aconselha.
Ando sem me ouvir! Meio calado,
O perto que eu vejo, não contenta,
Aquilo que não vejo, me atormenta,
Sinto-me nessa vida sufocado.
Choro a sorri. Minha carência,
Quem espera, por certo não lamenta,
Receios, mudanças, palavas. Ausência!



