Cala-Te II

25 de dez. de 2013
CALA-TE II
Autor: Marcos Maluly
Ilustração: Soledade Mansilla

Cala-te poeta! Não quero ouvir de ti a realidade,
Teus poemas ameaçam o amor, existência minha.
Tuas atitudes impõe, ao meu grito de viver sozinha,
Na certeza que magoei a quem amo de verdade.

Cala-te poeta! Tua essência põe em risco a fatalidade,
Roubando-me o direto da verdade, de ser feliz...
Teus poemas, seu pensar, abre feridas, deixa cicatriz;
E eu não quero, nem nunca quis, morrer de saudade.

Tua sensibilidade me ameaça de verdade. Me afronta.
Tua fúria impõe afiados punhais, dilacera meus pecados;
Minha existência, egoísmo, medo é minha vaidade.

Cala-te poeta! Não destruas meus castelos construídos;
Nem meus sonhos bem erguidos de ausência e saudade;
Na espera sem cansar de quem verdadeiramente amo...

-Poema do Livro "Palavra é Arte"
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